A palavra "biometria" está relacionada com o conceito de duas palavras: bio ("vida") + metria ("medida") e é associado ao estudo estatístico das características físicas ou comportamentais dos seres vivos, analisando mais intensamente as características das pessoas de forma a identificá-las unicamente com o mínimo de margem de erro possível.
Actualmente a Biometria é utilizada, por exemplo, na identificação criminal, com base na informação de que cada individuo é único e possuí características físicas e comportamentais distintas. Os sistemas biométricos (sistema de autenticação e de identificação) baseiam-se nas características de diversas partes do corpo humano, destacaram-se, entre elas, a íris e a impressão digital.
Íris
A identificação por análise da íris é um método biométrico com um alto nível de precisão, pois cada íris possui uma estrutura única, caracterizada por um padrão complexo de uma combinação de características específicas. Facto que torna improvável a recriação de uma íris artificial ou que uma íris morta possa ser reutilizada por outra pessoa, uma vez que a íris está estritamente ligada ao cérebro e que é uma das primeiras partes a desintegrar-se após a morte.
Sendo um processo recente, ainda não é possível efectuar este teste em pessoas cegas ou com deficiências visuais, o que não implica que, um dia mais tarde, estas pessoas, com a evolução e o desenvolvimento da técnologia, continuem incapazes de utilizar esta técnica.
Impressão digital
A impressão digital são sulcos que se formam na pele dos dedos e das palmas da mão de uma pessoa e que possuem determinadas terminações e divisões únicas.
Fig.3 Processo biométrico por análise da impressão digital. |
A identificação por análise da impressão digital é um método que consiste na capturação desses sulcos que pode ser feita através de três tipos de tecnologia diferentes: óptica, capacitativa e ultra-sónica. A óptica consiste na passagem de um feixe de luz que permite ler a impressão digital; a capacitativa consiste em medir a temperatura que sai da impressão; e a ultra-sónica, através de sinais sonoros, mapeia a impressão digital.
A identificação por análise da impressão digital um processo prático, de baixo custo, possui um alto nível de precisão e é um dos métodos biométricos mais utilizados no dia-a-dia, como por exemplo, na segurança de locais, em que se o leitor reconhecer e confirmar a identificação do utilizador, este terá acesso ao compartimento (fig.3).
Existem ainda outras características biológicas, para além da íris e da impressão digital acima referidas, que podem ser usadas num processo de identificação, como: a retina, a geometria da mão, a face, a voz e a assinatura.